quarta-feira, 28 de setembro de 2011

TRABALHO DE LITERATURA: REALISMO - NATURALISMO / SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX

Claude Bernard

Mestre da fisiologia

     Claude Bernard tornou-se célebre por suas notáveis descobertas sobre a fisiologia da digestão e por seus trabalhos sobre o sistema nervoso. Demonstrou que a glicose, armazenada no fígado sob a forma de glicogênio, é o verdadeiro combustível queimado pelo oxigênio no organismo. Bernard fez as suas principais investigações muito cedo na sua carreira cientifica, no período entre a sua primeira publicação “Reserches anatomiques et physiologiques sur la corde du tympan” (1843) e a sua tese de doutoramento em ciência (1853). Ele recebeu seu diploma em medicina em 1843 e passou a fazer uma série de importantes descobertas em fisiologia. Em 1846, por meio da realização de experimentos em coelhos e outros animais, Bernard descobriu o papel do pâncreas na digestão. Ele mostrou que o pâncreas secreta um fluido que permite que a gordura para ser digerida. Mais tarde, ele descobriu o papel do fígado na transformação, armazenamento e utilização de açúcar no corpo. Ele também explorou as funções do sistema nervoso autônomo em particular, ele descobriu a função dos nervos vasomotores, que são responsáveis ​​pela regulação da oferta de sangue por constrição ou dilatação dos vasos sanguíneos. Provou ainda que a sede das combustões não é o pulmão, mas os tecidos, e que é o sangue que regula o seu funcionamento.
      Devemos também a Bernard a determinação das propriedades enzimáticas da saliva e do suco gástrico, o estabelecimento da teoria da função glicogênica e a verificação da importância do pâncreas na digestão e absorção das gorduras e o papel do açúcar no organismo humano.
      De igual importância foram os seus estudos sobre o sistema nervoso, particularmente sobre o grande simpático. Bernard pesquisou também a ação de certos tóxicos sobre o sistema nervoso: estudou as reações provocadas pelo curare, pelo óxido de carbono, pela estricnina e pelo ópio. Bernard verificou que o óxido de carbono forma com a hemoglobina uma combinação estável.
      As investigações de Bernard, além de revolucionarem a fisiologia, vieram confirmar que as doenças, de modo geral, nada mais são do que distúrbios e anomalias do funcionamento dos órgãos.
      As obras de Claude Bernard subsistem ainda, apesar de decorridos mais de um século e meio, em razão do extraordinário rigor das suas investigações. Sua figura projeta-se através dos tempos como a de um dos mais notáveis mestres da fisiologia. Bernard baseou toda a sua obra na pesquisa metódica, no exame minucioso e na investigação criteriosa dos fenômenos biológicos.
     Além de seu trabalho na fisiologia experimental, Bernard fez contribuições a outros campos das ciências naturais e experimentais. Mais notavelmente, sua insistência em que um experimento deve ser projetado para provar ou refutar uma hipótese de orientação é uma parte integrante do método científico moderno. Além disso, na tentativa de entender como os sistemas de um organismo manter um estado de equilíbrio, ele foi o primeiro a propor o conceito de que mais tarde se tornou conhecido como homeostase.
     
Por causa de suas muitas descobertas importantes, Bernard se tornou um proeminente cientista durante sua vida. Em 1854 aceitou a cadeira recém criada de fisiologia na Sorbonne. Magendie quando morreu em 1855, Bernard assumiu seu posto no Collège de France, ele ocupou os cargos na Sorbonne eo Collège de France em simultâneo até 1868. Também em 1855, Bernard tornou-se membro da Academia Francesa de Ciências. Após a sua morte em 1878 recebeu um funeral Bernard-o público pela primeira vez um cientista recebeu tal honra na França.

POSITIVISMO
                   Auguste Comte, o fundador do positivismo

     Sistema de positivismo, da filosofia baseada na experiência e conhecimento empírico dos fenômenos naturais, em que a metafísica ea teologia são consideradas como sistemas inadequados e imperfeito do conhecimento.
     
A palavra positivismo foi empregada pela primeira vez pelo filósofo francês Claude Saint-Simon - um dos chamados socialistas românticos - para designar o método exato das ciências e a possibilidade de sua extensão à filosofia, mas algum dos conceitos positivistas pode ser atribuído ao filósofo britânico David Hume, o filósofo francês Duc de Saint-Simon, e do filósofo alemão Immanuel Kant.
      Comte escolheu o positivismo palavra sobre o fundamento de que indicou a "realidade" e "tendência construtiva" que ele alegou para o aspecto teórico da doutrina.
Ele era, em geral, interessado em uma reorganização da vida social para o bem da humanidade através do conhecimento científico, e, portanto, o controle de forças naturais. Os dois componentes principais do positivismo, a filosofia ea política (ou programa de conduta individual e social), foram posteriormente soldadas por Comte em um todo sob a concepção de uma religião, em que a humanidade era o objeto de adoração. Um certo número de discípulos de Comte se recusou, no entanto, a aceitar este desenvolvimento religioso de sua filosofia, porque parecia contradizer a filosofia original positivista. Muitas das doutrinas de Comte foram posteriormente adaptado e desenvolvido pelos ingleses sociais filósofos John Stuart Mill e Herbert Spencer e pelo filósofo austríaco Ernst Mach e físico.

      O positivismo acompanhou e estimulou a organização técnico-industrial da sociedade moderna e fez uma exaltação otimista do industrialismo. Nesse sentido, pode-se compreendê-lo como produto da sociedade técnico-industrial que, ao mesmo tempo, a leva esta mesma sociedade a desenvolver-se e consolidar-se.
      Basicamente, a característica essencial ao positivismo, tal qual o concebeu Comte, é a devoção à ciência, vista como único guia da vida individual e social, única moral e única religião possível. Desse modo, em última análise, o positivismo é compreendido como a "religião da humanidade".

Curso de filosofia positiva
     A partir da ciência - e de uma ciência social ou sociologia, da qual Comte é um fundador -, o filósofo propunha reformular a sociedade para que se obtivesse ordem e progresso. Note-se, porém, que isso implica a criação de uma ciência social, pois só é possível reformular ou transformar aquilo que conhecemos.
      A obra fundamental de Comte é o "Curso de Filosofia Positiva", livro escrito entre 1830 e 1842, a partir de 60 aulas dadas publicamente pelo filósofo, a partir de 1826. É na primeira delas que Comte formulou a "lei dos três estados" da evolução humana:
  • o estado teológico, em que a humanidade vê o mundo e se organiza a partir dos mitos e das crenças religiosas;
  • o estado metafísico, baseado na descrença em um Deus todo-poderoso, mas também em conhecimentos sem fundamentação científica;
  • o estado positivo, marcado pelo triunfo da ciência, que seria capaz de compreender toda e qualquer manifestação natural e humana.
     Passados mais de 150 anos da publicação do "Curso", talvez não fosse necessário dizer que é inerente ao positivismo uma romantização da ciência, romantização esta que atribuiu ao conhecimento científico uma onipotência não comprovada pela realidade. Atualmente, sabe-se que a ciência não só resolve problemas, como também os cria: veja-se como um exemplo a interferência danosa do desenvolvimento industrial no meio ambiente.
     Os positivistas, hoje, que rejeitaram esta chamada escola de Viena, de filosofia, prefiro chamar-se empiristas lógicos, a fim de dissociar-se a ênfase dos pensadores mais cedo na verificação científica. Eles sustentam que o princípio de verificação em si é filosoficamente inverificáveis.

Positivismo no Brasil
     Conhecer o positivismo, contudo, é particularmente importante aos brasileiros, devido à grande influência que esta escola filosófica exerceu no país na virada dos séculos 19 e 20. Se o leitor foi atento, percebeu que o objetivo da filosofia de Comte é a ordem e o progresso, lema inscrito na bandeira brasileira adotada após a proclamação da República.

      As idéias de Comte, em especial através dos pensadores Miguel Lemos (1854-1917), Teixeira Mendes (1855-1927) e do militar Benjamin Constant (1836-1891), se impuseram aos círculos republicanos brasileiros, contribuindo para nortear a nova ordem social republicana, em especial nos governos Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

 EVOLUCIONISMO
                                             CHARLES DARWIM
     A Teoria da Evolução é fruto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin e pelo naturalista britânico Alfred Russel Wallace. A palavra evoluir vem do latim evolutione, que significa desenvolvimento progressivo, seja de uma idéia, de um acontecimento, de uma ação, etc. Em biologia, evolução se refere a uma teoria que admite a transformação progressiva das espécies.
       Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção. A partir daí, concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico em que fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.
Em 1831, Charles Darwin, que tinha a intenção de se tornar um ministro país, teve a oportunidade de navegar como naturalista do navio a bordo do HMS Beagle em uma viagem de cinco anos cartografia, round-the-world. Durante a viagem, como o navio ancorado ao largo da América do Sul e outras praias distantes, Darwin teve a oportunidade de viajar para o interior e fazer observações do mundo natural. Nas Ilhas Galápagos, ele notou como as espécies nas várias ilhas eram semelhantes, mas distintas uma da outra. Ele também observou fósseis e outras evidências geológicas de grande idade da Terra. Darwin fez as observações em que a viagem parecia sugerir a evolução, ao invés da criação, das muitas formas de vida local.

Em 1837, pouco depois de voltar à Inglaterra, Darwin iniciou um caderno de suas observações e reflexões sobre a evolução. Embora Darwin tinha desenvolvido os componentes principais de sua teoria da evolução pela seleção natural em um trabalho inédito 1842 circulou entre seus amigos, ele não estava disposto a publicar os resultados até que ele pudesse se apresentar como um caso completo possível. Ele trabalhou por quase 20 anos adicionais sobre sua teoria da evolução e sobre o seu principal mecanismo, a seleção natural. Em 1858, ele recebeu uma carta do naturalista britânico Alfred Russel Wallace, um colecionador profissional espécimes da fauna silvestre. Para surpresa de Darwin, Wallace teve independentemente teve a idéia da seleção natural para explicar como as espécies se modificam, adaptando a condições diferentes. Não querendo Darwin a ser injustamente privado de sua participação no crédito para a teoria, alguns dos colegas cientistas Darwin apresentou extratos da obra de Darwin, juntamente com o papel de Wallace em uma reunião da Linnean Society, uma organização científica com sede em Londres, em junho de 1858. Artigo de Wallace estimulou Darwin para concluir seu trabalho e colocá-lo em impressão. Darwin publicou A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural em 24 de novembro de 1859. Todos os 1.250 exemplares da primeira edição foram vendidos no mesmo dia.
     
O livro de Darwin ea teoria que popularizou-evolução através da seleção natural, desencadeou uma tempestade de controvérsias. Alguns dos protestos veio do clero e outros pensadores religiosos. Outras objeções vieram de cientistas. Muitos cientistas continuam a acreditar em Lamarckismo, a idéia de que seres vivos poderiam conscientemente se esforçam para acumular modificações durante uma vida e poderia passar essas características aos seus descendentes. Outros cientistas opôs-se à qualidade aparentemente aleatório da seleção natural. Se a seleção natural dependia de combinações aleatórias de traços e as variações, os críticos perguntou, como poderia explicar tais estruturas refinado e complexo como o olho humano? Talvez o mais grave uma pergunta para que Wallace e Darwin não tinha resposta em causa a herança de traços. Exatamente como foram traços repassada para os filhos?

Darwinismo
      Baseando-se na seleção natural, Darwin estabeleceu a teoria da evolução, a qual é conhecida como darwinismo.
       A teoria evolucionista de Darwin pode ser descrita da seguinte forma: as espécies de seres vivos se transformam ao longo dos tempos, pois sofrem seleção natural, que prioriza os seres mais adaptados ao ambiente em que vivem, devido a suas características serem adequadas ao meio onde vivem. Assim, a força que gera a transformação das espécies no decorrer do tempo é a seleção natural.
      Se as condições do meio em que vivem se alteram, os indivíduos bem adaptados podem não ser mais os mesmos. Um exemplo clássico é o das mariposas da Inglaterra (Biston betularia). Antes da industrialização, os bosques próximos às cidades eram ambientes claros. Assim as mariposas de tonalidades mais claras confundiam-se com os trocos das árvores, que eram cobertos por líquens. Seus predadores visualizavam melhor as mariposas de tonalidades escura, e as capturavam com maior freqüência.
      Podemos afirmar que, nessa época, as mariposas de coloração mais clara estavam mais adaptadas ao meio ambiente. Por isso, conseguiam se reproduzir com maior freqüência e deixavam mais descendentes que as mariposas de tonalidades escuras. Com a industrialização da Inglaterra, a fuligem passou a cobrir os troncos das árvores em lugar dos liquens. A poluição deixou o ambiente dos bosques mais escuro.
      Dessa forma, as mariposas de colorações mais claras passaram a ser capturada com maior freqüência pelos predadores, já que esses, agora, as enxergavam com maior facilidade. Assim as mariposas mais escuras passaram a ser favorecidas pela nova condição do meio ambiente e as mariposas de tonalidades mais claras, antes bem adaptadas, deixaram de se reproduzir com tanta freqüência e produzir tantos descendentes.
Neodarwinismo
      Na época que Darwin criou a teoria da evolução sua maior dificuldade era explicar de forma satisfatória a origem e a e a transmissão das variações que ocorreriam nas populações das diferentes espécies. Darwin morreu sem conseguir explicar essas variações, pois muitos conhecimentos, como os de mutação, ainda não eram conhecidos.
      O neodarwinismo, ou a teoria sintética da evolução, é o desenvolvimento das idéias de Darwin, o qual se deu a partir das informações conseguidas pela genética, pela sistemática e pela paleontologia para explicar a evolução da vida.


Teoria Determinista
 
Hippolyte Taine
 
Foi um dos expoentes do Positivismo do século XIX, na França. O Método de Taine consistia em fazer história e compreender o homem à luz de três fatores determinantes: meio ambiente, raça e momento histórico. Estas teorias foram aplicadas ao movimento artístico realista. Fora desta abordagem desenvolvida na escola do naturalismo na literatura, no final do século. Em sua História da Literatura Inglês (4 volumes, 1863-1864; traduzido 1871-1872), Taine demonstrou suas teorias através da análise dos fatores físicos e psicológicos responsáveis ​​pelo desenvolvimento da literatura Inglês.

Determinismo é a teoria filosófica de que todo acontecimento (inclusive o mental) é explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade.
Embora em seu sentido mais vulgar determinismo se refira a uma causalidade reducionista (redução de todos os fenômenos do universo, por exemplo, à mecânica ou à química), causalidade não necessariamente é sinônimo de reducionismo. Há vários tipos de determinismo, cada um definido pelo modo como determinação e causalidade são conceitualizados.

Tipos básicos de determinismo

  • Pré-determinismo: Se, como Laplace, o deísmo e o behaviorismo, supuséssemos que todo efeito já está completamente presente na causa, temos um determinismo mecanicista onde a determinação é colocada no passado, numa cadeia causal totalmente explicada pelas condições iniciais do universo.
  • Pós-determinismo: Se, como na teleologia, supuséssemos que toda causalidade do universo é determinada por alguma finalidade, temos um determinismo mecanicista onde a determinação é posta no futuro pela imaginação de alguma entidade exterior ao universo causal (Deus).
  • Co-determinismo: Se, como na teoria do caos, na teoria da emergência ou no conceito de rizoma, supuséssemos que nem todo efeito está totalmente contido na causa, isto é, que o próprio efeito pode simultaneamente interagir (causalmente) com outros efeitos, podendo inclusive acarretar um nível de realidade diferente do nível das causas anteriores (por exemplo, a interação no nível molecular formando um outro nível de realidade, a vida, ou a interação entre indivíduos formando um outro nível de realidade, a sociedade), temos um determinismo onde a determinação é colocada no presente ou na simultaneidade dos processos.

Determinismo e liberdade

Os críticos do determinismo reivindicam a não-causalidade para justificar o livre-arbítrio e a livre escolha, geralmente atribuindo aos deterministas um mecanicismo ou fatalismo tal como no pré-determinismo e no pós-determinismo citados acima. O que acima de tudo diferencia os deterministas, quaisquer que sejam, de seus críticos é a afirmação destes últimos de que a alma, a vontade, o desejo e a escolha existem num universo à parte, separado do universo causal.
Para os críticos do determinismo, só essa posição dominante e exterior da alma pode explicar a liberdade. No entanto, há quem considere que essa crítica não leva em conta o terceiro exemplo de determinismo (co-determinismo), que reconhece modos de causalidade que engendram vários níveis de realidade (por exemplo, molecular, biológico, psíquico, social, planetário...), cada qual com uma consistência que lhe dá autonomia, jamais cessando, porém, de interagir com os outros níveis.

Grupo  : Adrieli n° 02,
              Ana Carla n° 36,
              Karina n° 14,
              Marisa n° 21,
              Renan n° 31,
              Taianne n° 32,
              Wislan n° 35,
              Bruno n° 39.

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